COMO TUDO COMEÇOU? (PARTE II)
A origem desse quadro é facilmente encontrada na falta de compreensão das Sagradas Escrituras. Não restam dúvidas de que durante décadas os debates entre criação e evolução levaram mais à tentativa de provar quem estava com a razão, que mostrar pela ciência, a realidade da existência do poder transcendental e eterno, criador e mantenedor, o que resultou, hoje, em deméritos a respeito da literalidade das Sagradas Escrituras. Cabe apontar que, apesar de tantas teorias, a Bíblia apresenta um modelo claro e defensável das origens, porém a realidade explicita um quadro bem distinto do esperado, porque a narrativa da Bíblia é cientificamente verificável.
Albert Einstein que deu o toque inicial quando, em 1917, publicou a Teoria da Relatividade Geral. A maioria das pessoas associa essa teoria com viagens pelo tempo e outras noções relacionadas à ficção científica, mas a teoria é um pouco menos exótica que isso. O que poucas pessoas sabem é o emprego que os cientistas fizeram das teorias de Einstein no estudo das origens do Universo. Logo após Einstein ter publicado sua teoria, Willem de Sitter, astrônomo holandês, estudou as equações de Einstein e, com base nelas, tirou a conclusão de que o Universo teve um início e que estava se expandindo (BOA E BOWMAN Jr., 2015, p. 42).[1]
Quando se aborda a questão das origens, a Teoria da Criação Especial versus a Teoria da Evolução, é bom perceber o que os evolucionistas dizem sobre as várias teorias e definir pelo menos alguns dos termos usados por ambos os lados”.[2] O autor deixa claro que falta uma “Honestidade Intelectual Evolucionista” para abordar o tema que sempre tenta anular Deus do seu papel criador e mantenedor. Para o Pastor Esequias Soares (2017, p. 35), “Planejamento, origem e manutenção de todas as coisas no céu e na terra envolvem governo e preservação de toda a criação (McMURTRY, 2009, p. 1).[3]
Citando ainda Boa e Bowman Jr. (2015, p. 43):
A descoberta de que o Universo teve um começo não foi aceita com alegria. Muitos cientistas se rebelaram contra a noção, porque indicava um agente que deu início ao processo. Na realidade, “Einstein foi o primeiro a reclamar”. A princípio, ele se recusou a acreditar que o Universo estava se expandindo e procurou descobrir alguma saída matemática da conclusão de que o Universo teve um começo. Arthur Eddington, cientista que ajudara a provar que o Universo estava se expandindo, confessou que a ideia de um começo era “repugnante” e que sua esperança era alguém encontrar um “meio de evasão” para evitar a dedução cósmica de um “Criador” sobrenatural. Mais tarde Edwin Hubble, usou seu telescópio de 25 metros para verificar a predição matemática de Sitter. Hubble gastou o resto da vida empenhando-se em encontrar falhas na teoria que seus achados ajudaram a provar. Com desdém, Fred Holey, outro crítico da teoria, rotulo-a de “Big Bang”.[4]
Diante de tais exposições, percebemos que é impossível demonstrar cientificamente que o universo foi formado pela Palavra de Deus, mesmo diante de tantas tecnologias disponíveis, sempre teríamos que aceitar pela fé, porém é possível, pela ciência, afirmar que ele foi criado, assim o criacionismo científico cumpre seu papel, indicando que o universo foi criado e então usamos a fé para compreender quem o criou. O escritor aos hebreus diz: “Pela fé entendemos que os mundos pela palavra de Deus foram criados; de maneira que aquilo que se vê não foi feito do que é aparente” (Hb 11.3). Observamos que, a criação teve uma forma específica de vir à existência: “pela Palavra de Deus”, a fé aponta para um Autor específico. O criacionismo científico, por sua vez, mostrará, através da natureza, que houve um início, uma criação e isso não foi espontâneo, tendo como provar cientificamente por meios de métodos empíricos ou experimentais. Pensar claramente não é algo fácil, principalmente, quando vivemos num mundo de ideias pré-concebidas e raciocínios ilógicos ou incoerentes. A realidade é que isso faz parte da nossa natureza caída, a qual Cristo veio restaurar. Portanto, desenvolver uma estrutura de pensamento coerente e consistente é um dever de todos quantos seguem ao Mestre, é compreender corretamente as diferenças entre o criacionismo científico, criacionismo bíblico e as demais propostas. [5]
“Esqueces o Senhor, que te criou, que estendeu os céus e alicerçou a Terra.” Isaías 51:13
Continua…
[1] BOA, K. D.; BOWMAN JR., M. 20 Evidências de que Deus existe: descubra por que crer em Deus faz tanto sentido. 1ª. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2015.
[2] MCMURTRY, G. S. Criação X Evolução: onde está a verdade científica? 6ª. ed. Curitiba: AD Santos Editora, 2009.
[3] SOARES, E. Declaração de fé das Assembleias de Deus. 1ª. ed. Rio de Janeiro: Casa Publicadora das Assembleias de Deus, 2017.
[4] BOA, K. D.; BOWMAN JR., M. 20 Evidências de que Deus existe: descubra por que crer em Deus faz tanto sentido. 1ª. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2015.
[5] LOURENÇO, A. A Igreja e o Criacionismo. 1ª. ed. Limeira: Editora Fiel, 2009.
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