A BÍBLIA COMO FONTE DE REVELAÇÃO NA DOUTRINA DA CRIAÇÃO
Diante de um quadro caótico do entendimento bíblico e as frequentes distorções das Sagradas Escrituras, surge a necessidade de uma visão mais centrada na revelação de Deus e seus propósitos. Por conseguinte, a fé absorve esse entendimento quando a relação com o criador é especial diante dos fatos que o envolvem. Embora vivamos em um contexto humano, físico, material, nossa vida espiritual deve ser alimentada por revelações sólidas, baseada em propósitos sólidos, frutos de uma fé direcionada a uma fonte confiável que é a revelação escrita de Deus.
O tema apresentado foca principalmente na literalidade da palavra criadora de Deus, considerando seu plano eterno para redimir o homem caído de sua presença e mostrará de maneira objetiva os enfoques dados à Criação, buscando afirmar de maneira veraz o propósito divino.
Dessa forma, podemos imaginar o livro de Gênesis como uma bula de um medicamento onde se descreve basicamente a posologia e o modo de usar. Tudo literal, tudo real, tudo verdadeiro. Ao seguir cada orientação, chegar-se-á ao objetivo principal.
O relato bíblico da criação do Universo e da vida na Terra, encontrado no livro do Gênesis, sempre foi alvo de pesquisas, discussões acadêmicas e controvérsias entre os vários postulados, tanto pelos que têm uma visão totalmente ateísta, como também por aqueles que veem a criação como um ato intencional e inteligente. Há um desejo de conhecer a verdade em todos os âmbitos da vida, quer no contexto físico, como no espiritual. Quando essa verdade é encontrada, dá-se o desvelo pela prática e a observação. No contexto bíblico-cristão, essa observação leva-se aos interesses e propósitos divinos, conforme Moreland e Reynolds:
O fato é que os cristãos estão interessados na verdade e são chamados a proclamar e a defender seus pontos de vista diante de um mundo descrente. Por isso torna-se importante para a comunidade dos fiéis pensar prudentemente na melhor forma de integrar as crenças teológicas. (MORELAND; REYNOLDS, 1999, p. 10).
Quanto maior o interesse pela verdade teológica, mais motivação terá o indivíduo em crer nas verdades morais e divinas do criador. Conforme citado acima, o ponto central dessa fé deve estar embasado na proclamação e defesa de seus pontos de vista, naquilo que alguém realmente crê, conforme o autor deixa claro. Diante de confrontos teológicos e seculares, a crença de muitos fica desprovida de respostas, levando muitas vezes ao silêncio. Deve-se falar com ênfase naquilo que se crer. A propósito, McMurtry diz:
Uma crença é a convicção da verdade de alguma afirmação, especialmente quando a afirmação é baseada no exame das evidências. A primeira pergunta que se deve fazer quando confrontado por alguém dizendo que você prove que a criação é verdade: “Qual evidência você aceitaria? (MCMURTRY, 2009, p. 5).
Percebemos que, crer torna-se essencial para compreender os fatos que envolvem a Criação. Se retirarmos os relatos do Gênesis da história, perderemos de vista o significado de toda a Bíblia. Para a maior parte dos cristãos quando se fala da vida de Cristo, entendem que são registros históricos, mas quando se fala sobre os registros do Gênesis, há uma tendência a não querer aceitá-los como um evento literal.
Isso acontece devido aos constantes ataques à literalidade da doutrina da Criação e à veracidade das Sagradas Escrituras por parte da cultura à nossa volta, por teólogos modernos, liberais, que tentam de alguma forma, na cabeça deles, “encaixar” as verdades das Sagradas Escrituras com as chamadas descobertas da ciência. Se conhecêssemos a história da ciência descobriríamos que é um caminho incrivelmente não confiável.
Eu, o Senhor, é que criei tudo; Sozinho estendi os céus. Quando firmei a Terra, quem estava comigo? Isaías 44.24
Continua...
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Tag:Ciência, Criacionismo, Gênesis, Revelação
2 Comentários
Excelente texto! Estarei aguardando a continuação.
Texto muito interessante, nós como cristãos não podemos nos acomodar e se conformar em ter um conhecimento simplista da Bíblia e da fé cristã.
O filho que muito admira o pai quer sempre estar perto dEle a aprender com suas experiências, assim somos nós para com nosso Aba Pai, que nos dá recursos infindos para buscarmos mais conhecimento dEle.
“E andarei em liberdade; pois busco os teus preceitos.
Também falarei dos teus testemunhos perante os reis, e não me envergonharei.”
Salmos 119:45,46.